Nunca o conhecimento adquirido teve tanto valor quanto nos dias atuais, o volume de informações disponíveis em canais diversos foi tão grande e a tecnologia esteve tão disseminada entre diversas classes sociais. Diante disso, os métodos de educação e aprendizagem também já não são mais os mesmos, até porque as pessoas não aprendem da mesma forma, com os mesmos meios e a mesma velocidade. É nesse contexto que um grupo de quatro empresários do Espírito Santo criou, com base numa visão inovadora, uma ferramenta que permite gerir o conhecimento dentro de organizações diversas. Luiz Eduardo Alvarenga, Juliano Campana, Giovani Sardi e Toni Rossmann, ligados à área de Tecnologia, Gestão e Educação, uniram-se para oferecer uma solução descrita mundialmente como um LMS (Learning Management System). O sistema permite que grupos formados dentro de empresas, escolas, faculdades ou universidades, instituições governamentais e organizações de diversas áreas de interesse troquem informações, façam cursos e compartilhem conteúdos, entre outras funcionalidades.

De acordo com Giovani Sardi, o diferencial está na possibilidade de executar as atividades de forma integrada e colaborativa, com ou sem tutor, em um ambiente web que pode até ser de baixa velocidade, e por meio de uma metodologia consistente, que permite organizar e gerir o conhecimento transmitido entre os participantes. “Imagine, por exemplo, uma empresa que adota uma nova ferramenta de trabalho e que precisa treinar equipes de 300 pessoas. Se isso acontecesse de forma presencial, demandaria aluguel de salas, deslocamentos em trânsito, preparação de coffee breaks etc. Além disso, o dia agendado não necessariamente seria o de maior capacidade de absorção do aprendizado de todos os participantes. Uns poderiam estar preocupados, outros com projetos por entregar, outros com problemas de saúde e outros totalmente voltados para aprender. Com o Ad Learning, esses problemas são eliminados ou minimizados, pois cada um faz o curso em seu computador, na hora que preferir e onde desejar, usando os recursos de vídeo, texto, fóruns, chats e jogos que melhor se adaptem a sua forma de aprendizagem”, explica.

Isso, entretanto, não significa falta de controle das organizações. Pelo contrário, o sistema, com sua capacidade de gerir, produz relatórios de quem viu os conteúdos, por quanto tempo e quantas vezes, em quais horários, entre outros dados. Isso permite que o gestor ou supervisor possa administrar a efetividade do treinamento de seus empregados. Também é possível usar recursos para aferir se o conteúdo foi absorvido, caso essa seja uma necessidade da organização. Outra característica marcante do Ad Learning, segundo Toni, é que o sistema não implica em falta de interação, mas a potencializa até para os mais tímidos, ao permitir que os participantes interajam, postem materiais, comentem, perguntem ao instrutor e troquem experiências no ambiente virtual. “Pela minha experiência no ramo da Educação, sabemos que há alunos que abandonam os estudos por serem retraídos, não conseguindo interagir como professor e por isso não dominam o conteúdo. A ferramenta permite que esse tipo de pessoa fique mais à vontade”, comenta.

Juliano Campana salienta que a ideia não é que o Ad Learning substitua os sistemas convencionais de ensino ou atenda somente os métodos de ensino a distância, mas que seja uma ferramenta para o que hoje é chamado de ‘método híbrido de educação’, ou seja, uma forma dinâmica e plural de aprender a todo instante, em qualquer lugar, por diferentes canais, presencial ou virtualmente. “O objetivo é que ele permita a aceleração do desenvolvimento, possibilitando em uma instância seguinte a melhoria da qualidade de vida, pois comprovadamente uma sociedade mais informada tem maior grau de crescimento pessoal e profissional, maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maior renda, e até menor taxa de mortalidade infantil. Além disso, com o volume de informações que é produzido atualmente, qualquer instituição não será mais capaz de administrar e transmitir todo o conhecimento que necessita sem uma ferramenta eficiente para geri-lo”, finaliza.

A iniciativa para a criação da solução partiu da necessidade dos empresários em inovar no campo do ensino. Atualmente, já está em funcionamento e apresenta um uso eficaz e amigável. No Brasil o software será comercializado pela empresa capixaba SLE, que tem 16 anos de experiência em tecnologia da informação. De acordo com Luiz Alvarenga, a empresa usará seu know how para adequar o sistema, que é totalmente intuitivo, às necessidades das organizações. Para isso, oferecerá treinamento e consultoria para o público que irá utilizar. “O objetivo é atuar em parceria com os clientes para que eles usem a ferramenta da forma mais inteligente e eficaz, potencializando todos os seus recursos”, reforça.